Presente na vida das pessoas desde a época dos homens das cavernas, o outdoor é foi uma das primeiras maneiras de divulgação de produtos. Neste sábado, 31 de agosto, o meio que já passou por diversas transformações será celebrado.
A data foi criada através de um projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados em 2009 como uma iniciativa do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro-Bahia), da Associação Brasileira de Agências de Publicidade Bahia (Abap-BA), da Associação Baiana do Mercado Publicitário (Abmp), do Grupo de Mídia da Bahia e do Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior no Estado da Bahia (Sepex-BA).
É verdade que o setor já passou por uma série de evoluções com o passar dos anos e, para comemorar a data, o propmark convidou os executivos de algumas das principais empresas de OOH do país para falarem sobre como o mercado mudou nos últimos 10 anos. Confira os depoimentos:
"Nos últimos 10 anos, a mídia Out of Home consolidou-se como o terceiro principal veículo de comunicação no Brasil, atrás apenas da TV aberta e da internet. A digitalização dos ativos de OOH foi um dos principais motores dessa evolução – com a NEOOH sendo pioneira e uma das líderes nesta transformação, com 90% de nosso portfólio já em Digital Out of Home (DOOH). Essa transição para o digital não apenas modernizou o meio, mas também abriu novas fronteiras para a interatividade e personalização das campanhas publicitárias. Tecnologias como geoposicionamento, métricas aprimoradas, compra programática e conteúdos em 3D estão redefinindo a experiência do consumidor e aumentando o engajamento. Além disso, o DOOH em retail media está emergindo como uma área promissora, permitindo que marcas se conectem de forma mais eficaz com os consumidores no ponto de venda, influenciando suas decisões de compra em tempo real. Essa integração de tecnologia e estratégia está no presente e no futuro da mídia OOH, tornando-a mais relevante e impactante do que nunca", Leonardo Chebly, CEO da NEOOH.
"Na nossa visão, a mídia OOH se transformou e evoluiu muito nos últimos 10 anos e tem se tornado cada vez mais relevante para o mercado publicitário. De acordo com o Cenp-Meios, em 2023, ele foi o terceiro meio com mais investimentos, conquistando 10,8% do total da verba investida. É um volume impressionante de negócios, de R$ 2,539 bilhões, e tem muito potencial para continuar avançando. Acredito que, para entender essa evolução, não podemos deixar de mencionar a questão das métricas e dados, tão importantes hoje e que há uma década não existiam. Nos últimos anos, o OOH tem se reinventado, aliando o uso de dados, segmentação qualificada, interação com diferentes plataformas e novas soluções que unem a mídia programática aos inventários das empresas do setor. Aqui na Retail Media, toda campanha é 100% embasada em dados. Entre eles estão fluxo, frequência e recorrência, além de comprovação de ROI e ROAS, sempre com foco em sellout. Afinal, no fim do dia, o anunciante quer saber quanto vendeu e se a campanha surtiu efeito – e a união entre eficiência e mensuração é, sem dúvida, o que vem guiando o crescimento de nosso setor", Cristiano Tassinari, CEO da Retail Media.
"O principal fator para a evolução no OOH foi a digitalização dos ativos, que transformou o cenário urbano levando informações de qualidade para a jornada diária do público. A tecnologia e mídia programática trouxeram mais agilidade, transparência e métricas para a compra de OOH, enquanto o 'mobile extension' une dados de localização e perfil do consumidor para ativações adicionais no celular, integrando as marcas no online e offline. Isso possibilitou transformar informações complexas em dados precisos e objetivos para que as estratégias sejam mais assertivas e específicas para os clientes. O próximo passo é a unificação da análise das métricas, que trará maior transparência e confiabilidade para o mercado. Com o público cada vez mais fora de casa, sua atenção é ouro. Assim, o OOH se tornou essencial para as marcas capturarem a atenção de forma inovadora e sem interrupções. Hoje é possível gerar mais engajamento, conexão e construção de awareness através de ações especiais e conteúdos dinâmicos e adaptáveis em tempo real, de acordo com o clima, o horário do dia ou o perfil demográfico da audiência", Rogério Domingues, sócio e vice-presidente da OOH Brasil.
"A mídia Out of Home (OOH) passou por uma transformação significativa, nos últimos 10 anos impulsionada por uma combinação de fatores, desde avanços tecnológicos, passando por mudanças no comportamento dos consumidores, a grande digitalização dos pontos de mídia culminando com a crescente urbanização global. Este período marcou uma era de crescimento sem precedentes que ajudou a consolidação do OOH, tornando uma das principais opções nas estratégias de marketing das marcas em todo o mundo. Um dos mais importantes motivos desse crescimento foi o avanço tecnológico, especialmente na digitalização. A transição dos painéis estáticos para digitais revolucionou o setor, permitindo uma maior flexibilidade e dinamismo nas campanhas publicitárias. Nos digitais os conteúdos podem ser atualizados em tempo real. Isso possibilitou a criação de campanhas mais ágeis, capazes de responder rapidamente a eventos, mudanças nas condições climáticas ou mesmo a diferentes horários do dia. A digitalização também permitiu a introdução de novas tecnologias que tornaram o OOH mais interativo e envolvente. Tecnologias como QR codes, Bluetooth e muitas outras que transformam os painéis em pontos de interação direta com os consumidores, permitindo que as marcas ofereçam experiências mais personalizadas e imersivas. Essas inovações ajudaram a atrair um público mais jovem e conectado digitalmente, integrando o mundo físico com o digital de maneiras inéditas. Além disso, o surgimento da publicidade programática no OOH foi um avanço significativo. A publicidade programática, que já havia transformado o mundo da mídia digital, começou a ser aplicada ao OOH, permitindo uma compra automatizada, segmentada e direcionada dos espaços publicitários. Isso aumentou a eficiência e a eficácia das campanhas, oferecendo aos anunciantes a capacidade de direcionar mensagens e criações específicas a diferentes públicos em momentos precisos, otimizando o retorno sobre o investimento. A última década também foi marcada por inovações criativas na mídia OOH. Novos formatos e abordagens, como projetos especiais, interativos e experiências de realidade aumentada transformaram o OOH em uma plataforma de inovação criativa. Essas inovações não apenas capturaram a atenção do público, mas também elevaram a percepção da OOH como um meio capaz de oferecer experiências envolventes. O aumento do investimento em OOH também foi um reflexo desse movimento todo. À medida que as marcas buscavam maneiras de se diferenciar em um ambiente competitivo, o OOH ofereceu uma solução eficaz para complementar outras formas de mídia. A capacidade de integração do OOH com campanhas digitais, criando uma abordagem omnichannel, foi especialmente atraente para os anunciantes. Campanhas que combinam OOH com outros tipos de mídia tendem a ser mais impactantes, pois reforçam as mensagens em diferentes pontos de contato com o consumidor. Outro fator crucial também foram as mudanças significativas no comportamento do consumidor, que influenciaram o crescimento da mídia OOH. Com a fragmentação da audiência devido à proliferação de plataformas digitais, os anunciantes enfrentaram novos desafios para capturar a atenção dos consumidores. Em um cenário onde o público está cada vez mais disperso entre diferentes canais de mídia, o OOH se destacou como uma das poucas formas de mídia que ainda consegue alcançar grandes audiências de maneira constante. A evolução dos dados e métricas também contribuem para o crescimento do OOH. Uma nova versão do Mapa OOH, projeto de métricas lançado há 5 anos pela Clear Channel com outros players do mercado de OOH, promete revolucionar a medição de audiência no Brasil. Com sensores instalados nos mobiliários das ruas, fazendo leitura em tempo real e utilizando uma metodologia que segue práticas internacionais, além da combinação de diferentes fontes de dados e informações melhoram o entendimento do comportamento e locomoção das pessoas em relação a mídia OOH. Toda essa confiabilidade e rapidez traz ao anunciante mais confiança para os investimentos e programação de suas campanhas", Wlamir Lino, Diretor Comercial, Marketing Brasil & Vendas Internacionais da Clear Channel.
"A última década trouxe transformações significantes para a indústria de publicidade como um todo - e não apenas para a mídia out of home. É inegável que a aceleração digital, mais especificamente nos últimos cinco anos, repaginou a forma como consumimos e compartilhamos informação. Entre tantas mudanças, o setor experienciou novos formatos como o fake out of home e a expansão do digital out of home. Nossos players estão presentes em diversos espaços para além de relógios de rua e dos abrigos de ônibus. Outra adaptação que a nossa indústria passou está relacionada às campanhas. Atualmente, as criações estão absolutamente mais direcionadas à produção de conteúdo - a partir de uma especificidade do público - do que à venda de algum produto ou serviço à audiência final. O content out of home veio para ficar: é o que as pessoas querem e esperam. Estamos diariamente atentos às mudanças que a sociedade vem passando, o que impacta a forma como consumimos produtos e serviços ou recebemos informações, ora presencialmente nos espaços públicos, ora quando estamos usando nossos dispositivos móveis. Sem sombra de dúvidas, essa nova roupagem afeta o modo como a indústria publicitária opera", Rodrigo Kallas, CEO da Kallas Mídia OOH.
"Uma das mídias mais antigas que conhecemos, a mídia exterior possui um alto potencial de criatividade, inovação e interação com o público. Nos últimos anos, vimos a indústria do OOH avançar em termos de métricas, inteligência de dados, tecnologia e outras tendências emergentes, graças ao trabalho dos profissionais da área, sempre em busca da evolução e da profissionalização de nosso meio, que é o que mais cresce no Brasil. Também vimos obstáculos se formando à nossa frente, como pandemia, tragédias climáticas… E vimos cada um deles ser superado, e a participação do OOH no share publicitário aumentar conforme viramos as páginas dos calendários e das agendas digitais. As pesquisas recentes demonstram o poder e a força de nosso meio: trata-se de uma mídia solidificada e em expansão, que está sempre entre as escolhas das agências e anunciantes. A história da mídia OOH se mistura com a da Central de Outdoor, não apenas porque compartilhamos o mesmo aniversário. Mas porque a mídia exterior é formada de pessoas e de negócios. Sejam elas players do mercado ou público das campanhas. Nos últimos 10 anos, vimos essas histórias se desenvolverem de norte a sul do Brasil, um país rico em pluralidade e diversidade. Em cada região, há uma história com o OOH, contada por diferentes sotaques. O setor segue se aprimorando e reinventando. E a Central de Outdoor, que completa 47 anos no sábado, dia 31/08, acompanhando e participando ativamente de todas as novas conquistas, sempre trabalhando para defender, profissionalizar e qualificar nosso meio, comprometidos com a integração dos diferentes 'brasis', com 'S' e com 'Z'", Fabi Soriano, diretora executiva da Central de Outdoor.
"No ano de 2014, O OOH iniciou o que seria seu processo de consolidação, após a abertura de concessões de Mobiliário Urbano, em SP, e de digitalização dos inventários do metrô, a linha 4 Amarela, que foi a primeira linha privatizada e com ativos DOOH, que foi o primeiro projeto 100% DOOH. Após o desbravamento do D, do DOOH, veio um movimento de métricas liderado pelas grandes empresas. Nesse mesmo tempo, surgiram e se consolidaram as agências especializadas em OOH. Infelizmente o mundo do OOH teve um revés durante a pandemia, o que obrigou os empresários do setor a buscar inovação nos seus processos, e isto levou ao segundo D, o de digitalizar a empresa desde dentro, com ferramentas de planejamento, automatização de tarefas e rotinas, como checking e instalação, e o início da comercialização de forma programática através de plataformas dedicadas e omnichannel. Como fruto disto, hoje temos um Ecossistema de OOH onde convivem empresas de OOH, empresas de tecnologia, martechs, grupos de comunicação e tecnologia global. Justamente nesse segundo movimento do D, que nasce a CHICOOH+, entendendo que o mercado, anunciantes e agências estavam buscando ter mais informações sobre o retorno de suas campanhas e integrando-as aos seus planejamentos omnichannel. A evolução do Out of Home (OOH) nos últimos 10 anos é marcada por uma transformação significativa, que reflete a capacidade do setor em se adaptar e inovar frente às demandas tecnológicas e sociais emergentes. A empresa CHICOOH+ vê essa evolução como um movimento de integração contínua entre as formas tradicionais de mídia exterior e as tecnologias modernas, como a Inteligência Artificial (IA) e a interatividade digital, tornando a comunicação mais eficaz e mensurável. A adoção da IA, especialmente em processos de checking fotográfico em tempo real, revolucionou a forma como a mídia OOH é monitorada e gerenciada, aumentando a confiabilidade e a eficiência das campanhas. Além disso, a integração de QR Codes e outras tecnologias interativas permitiu que a mídia exterior oferecesse experiências mais personalizadas e envolventes ao público, criando novas possibilidades de engajamento e de interação com os consumidores. Outro aspecto dessa evolução é o compromisso crescente com práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) e o investimento na neutralização de carbono. Esse enfoque contribui para a preservação ambiental e o desenvolvimento urbano sustentável. Também destaco a importância da adaptação às especificidades regionais, entendendo que o sucesso de uma campanha depende de sua capacidade de ressoar com as peculiaridades culturais e sociais de cada local. Em resumo, o OOH demonstra não somente a sua resiliência, como também, seu lado inovador, que o faz atrativo para as novas mentes do mercado. Podemos dizer que nunca foi tão profissional como hoje. Desenvolveu-se 50 anos em 10", Chico Preto, CEO da CHICOOH+.
"Com o dinamismo dos meios de comunicação no cenário brasileiro, o Out of Home (OOH) tem se destacado nos últimos anos devido à cultura de passarmos muito tempo fora de casa. Isso realça a importância do OOH, tanto na sua evolução quanto como um potencial agregador em campanhas publicitárias. Recentemente, o meio OOH evoluiu de um papel complementar na comunicação para um protagonismo significativo, oferecendo oportunidades únicas para as marcas se conectarem com os consumidores em momentos-chave da jornada de compra. No entanto, essas oportunidades também trazem desafios significativos que exigem inovação e adaptação por parte das empresas de DOOH. Se antes os desafios envolviam a transição do OOH para o DOOH, hoje oferecemos mais formatos com maior integração tecnológica e personalização de conteúdo para atender às necessidades específicas dos consumidores. Projeções recentes indicam que o DOOH continuará a crescer significativamente no Brasil nos próximos anos, impulsionado pelo aumento do investimento em mídia programática (pDOOH) e pela busca das marcas por formas mais eficazes de se envolver com os consumidores. Parcerias estratégicas, integração multicanal e segmentação eficaz são inovações que as empresas exibidoras têm adotado para enfrentar esses novos desafios. Não podemos olhar apenas para os últimos 10 anos, pois nos últimos 12 meses o setor passou por evoluções importantes, e esperamos ainda mais avanços nos próximos 12 meses", Felipe Viante, diretor e sócio-fundador da b.drops e presidente da Associação Brasileira de Mídia Out Of Home (ABOOH).
"Nos últimos dez anos, a JCDecaux não só acompanhou a evolução do OOH, como é uma das, senão a principal responsável, pela evolução do meio. Deixamos de ser uma empresa focada em espaços de mídia para uma empresa centrada na audiência, com um forte compromisso com a inteligência de dados. Hoje, nós trabalhamos 100% focados em inteligência de dados. Isso é inédito e foi construído durante os últimos 10 anos. A jornada do consumidor agora guia nossas estratégias, não apenas a venda de espaços publicitários. Nossa infraestrutura digital nos classifica como uma empresa de tecnologia, destacando-se pelo uso de mídia programática e dados mensuráveis. O processo de digitalização das telas foi extremamente importante nesses últimos 10 anos, juntamente com o desenvolvimento de softwares e ferramentas próprias, mais uma vez reforça nosso foco em audiências, e não apenas na exibição de anúncios. Além disso, expandimos nossas capacidades para incluir experiências físicas diretas com os consumidores, por meio de ativações e projetos especiais. A integração com tecnologias móveis, redes sociais e novidades em 3D são prova da constante inovação. Como líderes mundiais, a JCDecaux tem estado na vanguarda da evolução significativa do OOH, adaptando-se e liderando mudanças no setor", João Binda, diretor comercial da JCDecaux.