Por Leonardo Lazzarotto, CEO da Tailor Media
Nos dias 17 a 19 de abril, na Cidade do México, ocorreu o Fórum Latino-Americano de OOH. Lideranças globais, as principais empresas da América Latina e parceiros de tecnologia estiveram presentes no evento, compartilhando as melhores práticas do OOH em todo o mundo.
O Brasil, representado pela Central de Outdoor, foi uma das maiores delegações no encontro. Exibidores nacionais, regionais e as principais inteligências de mídia brasileiras representaram nosso país, conquistando diversos prêmios com cases de criatividade e sustentabilidade.
Experiências como essas proporcionam uma visão global do mercado e geram conteúdo que, posteriormente, se transforma em repertório e ações nas empresas, além de oferecer um amplo networking internacional.
Durante uma conversa com Tom Goddard, presidente da Organização Mundial de OOH, questionei sobre como ele enxergava a importância da América Latina em termos de receita e criatividade dentro do ecossistema global do out-of-home.
Tom, com sua elegância e clareza, foi preciso:
“Primeiramente, sobre receita, se analisarmos os gastos globais com publicidade out-of-home, totalizam US$ 40 bilhões, enquanto na América Latina são US$ 1,5 bilhão. Ou seja, embora a região represente 8% da população global, recebe apenas 3% dos gastos com publicidade.
Assim, vejo um enorme potencial de crescimento na criatividade que a América Latina possui. Além disso, a vantagem é que a maioria dos países compartilha uma língua comum em todos os mercados, ao contrário da Europa. Embora no Brasil se fale português, muitos também dominam o espanhol. Essa diversidade linguística, aliada à crescente produção de anúncios específicos para o out-of-home, está tornando a mídia ainda mais poderosa. Acredito que a América Latina esteja liderando nesse aspecto.
O Brasil e o México estão disputando a liderança de maior faturamento via OOH na América Latina. Enquanto a projeção global é de crescimento de 5,9%, a América Latina deve crescer ainda mais, alcançando 12,7%.
Pautas como inteligência artificial, mídia programática, sustentabilidade, intervenções urbanas, Fake OOH e engajamento entre as campanhas nas vias públicas e redes sociais foram os temas mais abordados.
Durante o dia, conteúdo; à noite, tragos, tacos e networking.
A Cidade do México é como São Paulo, porém com um trânsito pior, mas também é rica em patrimônios culturais, única em sua arte urbana e com uma gastronomia conhecida mundialmente.
Uma cidade de contrastes, como disse Salvador Dalí: “De nenhuma maneira voltarei ao México, não suporto estar em um país mais surrealista que minhas pinturas.”